Pátria, mãe hostil

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Verás que um filho teu não foge à luta,
nem teme quem te adora a própria morte;
e ainda que deixado à própria sorte
jamais se esquecerá da sua bruta

ceifa diária. E um tanto fraquejada,
sua vontade ainda o mantém vivo.
Deseja no seu âmago, altivo,
a vida em outra pátria mais amada.

Ouviram do Ipiranga as margens flácidas
um brado heróico, rouco e vacilante
de um ser já quase-morto, delirante,
que vive a debater-se com suas ácidas

ideias vãs – seus torpes devaneios.
Perder a própria vida por amor
de ti já não consegue. E com sua dor
de órfão busca às cegas outros seios.

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