Henry Fielding (1707 – 1754)
“[…] foi aceito unanimemente pela nação, que o consagrou como seu maior romacista e a ‘Tom Jones’ o maior romance da literatura inglesa”.
“Dessa imparcialidade ou liberalismo de Fielding resultou importantíssima modificação da técnica novelística. O romance picaresco era narrado na primeira pessoa; Defoe ainda compõe assim. Mas Fielding, o imparcial, não podia adotar esse processo subjetivo, e ainda menos o processo epistolográfico de Richardson, segundo o qual o papel do narrador é distribuído entre os personagens. Fielding confiou o papel de narrador a uma pessoa fora e acima dos acontecimentos, que sabe tudo a respeito dos personagens, dirigindo-lhes com consciência divina os destinos e, quando muito, comentado-os com a superioridade do humorista. Essa pessoa é o próprio romancista. Atribuindo-lhe onisciência, Fielding criou o romance objetivo, o romance moderno”.
(Otto Maria Carpeaux, em História da Literatura Ocidental, vol. 02, p. 1215) — compilação feita por David Bezerra no Facebook.
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